quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Como nossos pais...



  Silva, André Luís

Tudo o que foi discutido em sala de aula com respeito a
 Durkheim, lembrei-me de uma música do cearense Belchior: 
Como nossos pais, brilhantemente interpretada pela “pimentinha” 
como era chamada a cantora
 Elis Regina. Aliás, a intérprete. Que me perdoe Marisa Monte,
 Ana Carolina e tantas outras, mas a interpretação que Elis deu a 
essa canção é imbatível, incomparável, in... in... in..., enfim...
Pode ser que no tempo em que o sociólogo francês viveu,
vivenciou e idealizou suas ideias poderíamos dizer:
Eles venceram
e o sinal está fechado
pra nós que somos jovens...
[...]

Você me pergunta

Pela minha paixão
Digo que estou encantado
Como uma nova invenção
Vou ficar nesta cidade
Não vou voltar pro sertão
Pois vejo vir vindo no vento
O cheiro da nova estação
E eu sinto tudo
Na ferida viva
Do meu coração...
Que ninguém vista a carapuça da mesmice, do desânimo,
da falta de criatividade que recai sobre muitos professores,
 cansados da luta, de nadar contra a maré de uma educação 
estruturada em sistemas perversos, da falta de consciência de 
nossos brilhantes políticos. O professor, esse herói sem 
reconhecimento, menos que um artista mambembe,
 soldado anônimo, combatente do frontpreterido dos “generais” 
de gabinete, dos burocratas com PhD em universidades do exterior.
 Mas a verdade é essa: há muito tempo os mesmos métodos
são utilizados.  Muita transformação aconteceu. Educação libertadora,
 construtivismo, etc.,
 mas muita coisa continua a mesma.

Minha dor é perceber

Que apesar de termos
Feito tudo, tudo, tudo
Tudo o que fizemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...